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sábado, 3 de novembro de 2012

Resenha Crítica: Movimento Escolinhas de Arte no Brasil

O texto apresentado para a produção desta resenha crítica expõe em detalhes como surgiu a história da Arte/Educação no Brasil em detalhes desde o movimento Escolinhas de Arte (MEA). Durante a leitura percebe-se que a história da arte é descontinua, pois cada país, bem como, cada artista dá origem a algo que pode ser considerado arte. Vale resaltar que o texto possibilita uma reflexão sobre o verdadeiro papel do professor de artes dentro da sociedade como mediador do conhecimento e que induz o educando a constantes reflexões, tornando-o mais crítico. No texto fica explicito o desafio que o professor, independentemente da disciplina tem de ensinar e aprender neste mundo repleto de constantes transformações onde inventa-se e no mesmo instante reinventa-se. A autora expõe seu passado aliando-o às experiências adquiridas para fomentar sobre a História da Arte/Educação. Ela revela com precisão como que alguns Arte/Educadores do Brasil se organizaram para demonstrarem a real importância da Arte/Educação na formação do cidadão. Manifestações como o I e o II Encontro Latino-Americano de Arte/Educadores que ocorreram em Brasília com representantes de outros arte/educadores de outros países o que deu inicio a novas propostas pedagógicas nesta area. Ana Mae pede para que não sejam esquecidos o período entre 1958-1963 importantes e que deram origem a outra manifestações. O surgimento de uma metodologia triangular na arte/educação foi sem sombras de dúvidas um marco para seus idealizadores e isso repercute até os dias atuais. Com o surgimento das LDBs tudo começou a tomar forma e ter um significado para os demais com pensamentos relacionado a “Livre Expressão” e a “auto-expressão” vão de encontro as transformações na Arte/Educação brasileira que adotará o período do Modernismo e almejava o Pós-Modernismo já alcançado por outros países. Essa imparcialidade dos períodos também se fazia presente entre a prática e a teoria analizadas dentro da metodologia triangular. O texto demonstra diálogos, entraves e reflexões entre Ana Mae e Noêmia Varela. As entrevistas citadas fomenta a necessidade que há de inovar e até mesmo aperfeiçoar o que já existe dentro da História da Arte/Educação no Brasil e os diferentes pontos de vista dos personagens e participantes da História da Arte/Educação do nosso país. Elas desafiaram o conservadorismo existente naquele período dentro da educação brasileira que não compreendia a importância que a arte tem dentro da educação e até mesmo sendo ela importante para a formação e desenvolvimento da sociedade. A autora ainda considera que as novas gerações de Arte/Educadores devem buscar uma emancipação do processo e construção dos saberes artísticos. Já no segundo texto o autor nos leva a entender melhor o surgimento da intedisciplinaridade e o inter-relacionamento do conhecimento voltado para a educação. No texto fica visível como os projetos são elaborados e quais as reflexões possíveis que podem ser realizadas dentro de um projeto. Percebe-se que projetos servem para suprir alguma necessidade ou problema encontrado na sociedade e faz-se necessário o domínio material e conceitual para que seja alcançado alguns dos objetivos traçados durante sua elaboração. O autor ainda considera que um projeto pode desenvolver diversos saberes e habilidades quando bem executado, aprimorando métodos e técnicas relacionadas ao ensino das disciplinas e especificamente relacionado as Artes. Ele está diretamente relacionado a troca de experiências, técnicas e métodos utilizando duas ou mais disciplinas e relacionando seus conceitos e saberes. Piaget definiu a interdisciplinaridade como sendo “princípio de organização ou de estruturação dos conhecimentos” e Ana Mae define após uma analise como sendo a interdisciplinaridade o “princípio de incorporação funcional”. Diante destes conceitos e pensamentos surge projetos que norteiam as LDBs. Há também os currículos que estabelecem responsabilidades do professor e o que ele deve trabalhar com seus alunos seguindo princípios e uma sequência. O texto também demonstra as diferentes visões sobre o terno “Interdisciplinaridade” e algumas divergências quanto aos conceitos que definem o termo citado. Vale ressaltar que o texto apresenta diferentes ideias e conceitos quanto ao tema proposto e são essas diferenças que aprimoram o verdadeiro propósito de um projeto bem elaborado que vai desde o que deve ser prioridade na elaboração de um projeto até mesmo sobre a realização/execução do mesmo. As ideias encontradas durante a leitura do texto segue etapas que influenciarão na conclusão satisfatória de um projeto interdisciplinar. O texto ensina maneiras de planejarmos para alcançarmos resultados que podem gerar mudanças. Lembrando que se seguidas as etapas estipuladas no texto o professor desenvolverá um processo de pensamento que desenvolverá novos objetos de conhecimento que agregados aos outros conhecimentos prévios do aluno tornam-se ferramentas que facilitarão, alcançarão e darão inicio a novos projetos. Segundo o texto a prática interdisciplinar possibilita a reorganização do saber entre as disciplinas envolvidas. Durce Osinski usando o titulo “A EDUCAÇÃO PELA ARTE” demonstra que houve um avanço espontâneo na Arte/Educação no que se entende sobre “livre expressão”, então desenvolveram pesquisas, gerando uma nova sociedade de professores de Artes mais críticos e conscientes de seu verdadeiro papel sendo agente de transformações e de novos avanços dentro e fora do ambiente escolar. Ela deixa bem claro que as Artes são capazes de proporcionar uma nova percepção do mundo em que vivemos, contribuindo consequentemente para uma sociedade em “perfeita” harmonia entre os envolvidos. Ela acredita que a educação deve desenvolver uma conscientização ampla que posteriormente oportunizará a aprendizagem global do ser e acredita que o papel do professor é estimular seus alunos para que ele possa identificar as novas experiências adquiridas, não tendo seus valores atingidos durante a aquisição de novos conhecimentos e/ou conceitos. Ela afirma que as Artes como disciplina é capaz de desenvolver o indivíduo por completo. Já no outro texto com o titulo “O IDEAL DE UNIÃO ENTRE ARTE E TÉCNICA”. Ela fomenta sobre uma questão bastante polêmica e estudada durante a primeira unidade da disciplina História da Arte/Educação que está relacionado ao desaparecimento do tecnicismo e ou sua permanência na educação. Ela se refere ao estreito relacionamento que houve entre o ensino tradicional do desenho e a livre expressão adotada por alguns professores no inicio do século XX. Ela explica a Bauhaus que foi a primeira escola que reuniu o estudo do desing, das Artes Plásticas e da Arquitetura de Vanguarda, dando origem a essa reforma das escolas de Arte e ainda ressalta que não foi apenas esse, mas que houveram discussões entre diferentes artistas e intelectuais. Percebo que todas as mudanças possibilitaram os artistas expandirem suas visões quanto as Artes, promovendo instintos estéticos e a substituição das academias artísticas. Tudo isso possibilitou avanços na indústria e em tantos outros setores que impulsionam a economia de qualquer país. Essas alterações pedagógicas influenciaram novos Arte/Educadores já que a proposta principal de Bauhaus era de democratizar a estética e a expressão artística a todo o ser humano, desenvolvendo esse indivíduo num todo. Desde este período os artistas já analisavam e estudavam a História da Arte de maneira “interdisciplinar” o que favoreceu ainda mais as alterações pedagógicas reformistas. Agora quanto às tendências tecnicistas e sua presença nas escolas na atualidade. Acredito que ela não prepara o educando de forma crítica para lidar com o mundo capitalista e consumista, onde há um avanço tecnológico e industrial. O que percebi durante a leitura é que os métodos adotados pelos tecnicistas desenvolve o aluno para algumas coisas enquanto os demais métodos apresentados proporcionam uma maior interação e desenvolvimento do educando. Um ensino baseado na subjetividade, auto-aprendizagem, onde o professore é visto mais como mediador do conhecimento. O professor dá maior liberdade para que seus alunos expressem seus sentimentos, fantasias e pensamentos de maneira livre, porém organizada acrescentando conhecimento. Pode-se dizer que isso seja anti-tecnicista, mas ainda dependeremos do estudo e uso das técnicas, mesmo que esta seja usada de maneira mais sucinta. Já que há Arte/Educadores que ensinam os conceitos da arte, baseando-se nos fatores culturais, religiosos, sociais e até mesmo ligados a períodos históricos e registros artísticos encontrados, partindo do principio que “nada” foi está ou esteve totalmente pronto, mas que sofreu, sofre e possivelmente sofrerá alteração devido a criatividade. Mas creio que o intuito de se estudar as tendências pedagógicas seja para que possamos compreender e refletir sobre a real situação em que se encontra o ensino para que assim nós como professores/futuros professores possamos possibilitar o desenvolvimento de um educando mais crítico e que o mesmo reflita melhor sobre se deixar ser influenciado ou influenciar as novas gerações. Reafirmo diante de tudo o que relatei anteriormente que o tecnicismo não desapareceu, mas foi inserido dentro de outras propostas pedagógicas, linhas pedagógicas que as escolas seguem e metas da educação brasileira que facilitem e priorizem melhor o desenvolvimento integral dos educandos já que hoje há uma grande diversidade de metodologias/propostas pedagógicas. O tecnicismo ainda cumpre um papel dentro da educação devido às exigências do mercado capitalista e consumista. Dentro das redes de ensino do nosso país. Na maioria dos casos ainda há o uso das técnicas sem fundamentação teórica e isso pode ter sido desencadeado ao longo da história e estudo das Artes nas diferentes partes do mundo chegando aos dias atuais, pois muitos artistas famosos e pioneiros de muitas técnicas aplicadas hoje começaram sem nem mesmo saberem que estavam dando outro rumo, ou seja, abrindo novas possibilidades de representação dos diferentes estilos e técnicas artísticas. Penso ainda que a tendência tecnicista possibilitou e aprimorou as Artes ao longo de sua história e isso é algo positivo, mas desde que seja um processo evolutivo, ou seja, após ter sido confirmada a técnica e definida ela seja aplicada e estudada na teoria constituindo assim fundamentação teórica pra em seguida dar continuidade com a parte prática, fortalecendo assim seu conceito. Percebo ainda que o tecnicismo hoje presenciado nas redes de ensino, estão bem menos prejudicial, pois os profissionais desenvolvem primeiramente o estudo das técnicas com seus alunos para que logo em seguida eles percebam e aprimorem essa técnica na prática. Já que nas Artes há muitas coisas a serem esclarecidas e o professor pode despertar o interesse do aluno à novas descobertas. Percebo que a grande diferença é que a tecnicista é mecânica, tornando o aluno influenciado por ela a ser uma maquina programada para repetir e não para inovar. Penso que o mundo precisa de pessoas que inovam. Percebe-se ainda durante a leitura que a aquisição de materiais que atestem e comprovam a aplicabilidade das técnicas foram essenciais para a Arte/Educação para que os futuros profissionais possam perceber como anda a educação e traçar projetos significantes. A literatura também dentro da Arte/Educação serve para aprimorar ainda mais outras areas dentro da Arte porque enriquece e enobrece esse imenso quebra-cabeça em que nós como professores montamos quando estamos na faculdade e remontamos quando estamos dentro da sala de aula, ou seja, buscamos sempre entender como ocorre a aprendizagem para assim podermos contribuir com o desenvolvimento do educando e essa busca de métodos e experiências é que de certa forma garante um resultado continuo. As Escolinhas de Arte do Brasil pelo que se percebe durante a leitura é que juntou as experiências dos artistas dela para darem vida a uma proposta pedagógica que fundamente e guie os futuros professores. Nela foi possível a ampliação de estudos referentes às culturas existentes no Brasil. Na verdade percebe-se que quem ensinava na verdade eram as crianças e em outros casos as mesmas foram “cobaias” para que pudessem ser percebidas possibilidades de aquisição de conhecimentos aliados ao ensino das Artes. Isso também possibilitou avanços e difusão dentro das Artes e gerou um material voltado para o ensino. As turmas foram se especializando com as trocas de experiências e de aprendizagem livre e incentivo à expressão criativa, mas tudo isso ia contra o que a metodologia adotada oficialmente gerando conflitos, mas a aparente liberdade expressiva como era conhecida essa troca de experiências nas escolinhas foi bem absorvida por muitos artistas e consequentemente por muitas escolas. Gostei e constatei ainda durante a leitura que essa iniciativa faz-se necessária constantemente dentro da educação nas diferentes disciplinas para que nosso trabalho como professores sejam bem mais valorizados. Estas informações estarão disponíveis em: http://leandrobrodrigues.blogspot.com.br/ e http://resgatartbrasil.blogspot.com.br/ .

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